segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Aqui fica uma correcção do teste realizado sobre a obra de Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett. Não foi aqui incluída a resposta ao último grupo.


quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Aqui fica também a divulgação de um blogue sobre a série televisiva Os Maias.


Os Maias em áudio

Nesta ligação pode-se ter acesso a ficheiros de som de todos os capítulos de Os Maias. No entanto, os ficheiros são Real Audio, em streaming, e a pronúncia é de português do Brasil.

Não é empresa fácil historiar - e muito menos resumir - o complexo movimento chamado «Realismo» na literatura portuguesa do séc. XIX. Por trás dessa palavra escondem-se e convivem fenómenos e atitudes estéticas de natureza muito diversa. Abre esse período a ruidosa Questão Coimbrã, polémica literária que significou - na frase de Teófilo Braga - «a dissolução do Romantismo». Nela se manifestou pela primeira vez o protesto da geração nascida por meados do século contra o exagero balofo e caduco do gosto romântico, convertido em gesto vazio de monótona artificiosidade. Dela surgiu o Realismo.


A França - e através desta a Alemanha e a Inglaterra - foi a principal inspiradora dos dirigentes da rebelião coimbrã.


Entre 1860 e 1865 saturaram-se de cultura europeia, aspirando os ares que vinham de fora, absorvendo de golpe o humanitarismo social francês de 48. Leram e decoraram Proudhon e Quinet, o satanismo baudelairiano, a erudição histórica de Leconte de Lisle, o determinismo de Taine, as eloquências liberais humanitárias de Hugo, o diletantismo critico de Renan, o revolucionarismo apostólico de Michelet, - e ainda Hegel, e Heine, e Darwin, e Flaubert.


Espíritos muitos díspares, tinham, porém, em comum o prurido de irreverência e de liberdade, o sentimento de revolta contra a estagnação do Ultra-Romantismo constitucionalista e o intuito de renovação do clima das letras e da vida portuguesa. Fora desta comunidade de formação e de atitude geracional, cada um deles seguiu uma trajectória criadora e vital acentuadamente diferenciada.


Contudo, Antero de Quental, Teófilo Braga, Eça de Queirós, Guerra Junqueiro - e Ramalho Ortigão e Oliveira Martins, que depois se lhes uniram - surgem nos manuais de literatura agrupados sob a epígrafe de «Realismo», naquela que ficou conhecida como a Geração de 70.


De facto, a palavra «realismo» já se envolvera na contenda literária de 1865-66 e fora utilizada como sinónimo de «arte nova» ou «estilo coimbrão».


Um dos espíritos críticos mais avisados da época, Luciano Cordeiro, publicou um artigo n'A Revolução de Setembro (a 7 de Novembro de 1867), intitulado «A arte realista», no qual, adoptando uma posição ecléctica, criticava fortemente quer os moços que injuriavam o escritor ultra-romântico António Feliciano de Castilho em nome da «verdade» artística do «Realismo», quer os ultra-românticos que tremiam de furor e desespero à simples a menção da odiada palavra.


Cordeiro acusava tanto uns como outros a de aceitar como «Realismo» a banal e superficial «tradução da objectividade material das coisas». E anunciava, com a dissolução do Romantismo, periclitante e decrépito, o advento da «escola critica», que, falando à consciência e à razão e exigindo maior cultura intelectual e mais profundo conhecimento dos problemas filosóficos e sociais da época, repudiaria tanto o realismo materialista da arte pela arte como a «inspiração» romântica - cuja manifestação nesse momento era o lirismo sentimental e elegíaco e o formalismo estreitamente provinciano da literatura oficial, na poesia e no romance.


O segundo episódio do processo de aparecimento do Realismo verificou-se em 1871, nas Conferências Democráticas do Casino. Nesta nova manifestação pública da geração de Coimbra, já em plena maturidade, os contornos do Realismo desenharam-se mais nitidamente, embora a sua formulação teórica estivesse longe de responder aos postulados doutrinais hoje aceites como basilares do Realismo de escola francês.

Eça de Queirós, que na Questão de 1865 fora simples espectador, e que até 1871 apenas se manifestara literariamente com uma nebulosa mistura de retalhos de romantismos de além-fronteiras e de parnasianismos de cunho satânico, foi agora o expositor doutrinário da «nova literatura».


A sua conferência versou sobre «O Realismo como nova expressão da Arte» - título em que aparecia a palavra pomo de discórdia. Sob a influência de Antero de Quental, Eça aproximou curiosamente as teorias tainianas do determinismo do meio com os postulados estético-sociais de Proudhon, vergastando o estado decadente das letras nacionais e propugnando uma arte que respondesse às aspirações do espírito dos tempos, que agisse como regeneradora da consciência social e que, desterrando o falso, pintasse a realidade. Essa arte, uma arte revolucionária, era o Realismo; relegando a arte pela arte, a retórica vácua e a invenção romanesca, procedia pela observação e pela experiência, pela fisiologia, ciência dos temperamentos e dos caracteres; enfim, visava a dilucidação dos problemas morais e o aperfeiçoamento da Humanidade.


Com este cientificismo Eça já situava o Realismo, consciente ou inconscientemente, adentro do Naturalismo de Zola.

A conferência de Eça provocou nova batalha. Nas páginas d' A Revolução de Setembro, Pinheiro Chagas - que fora motivo e combatente no recontro de 1865 - atacou Eça e o detestado Realismo. Outras penas, porém, saíram em defesa do conferencista e das suas ideias. E novamente Luciano Cordeiro entrou na lide, comentando a dissertação e salientando que já ele, em 1868, tinha defendido ideias parecidas, ao falar do seu conceito tainiano da arte.

Dois anos mais tarde Eça publicou o conto «Singularidades duma Rapariga Loira» (recolhido em Contos, 1902) - que, na opinião de Fialho de Almeida, é «a primeira narrativa realista escrita em português».


A batalha efectiva da implantação do Realismo no romance começou com a publicação d'O Crime do Padre Amaro, seguida dois anos mais tarde por O Primo Basílio, obras caracterizadas ambas por métodos de narração e de descrição baseados numa minuciosa observação e análise psicofisiológicas, com a anatomia moral das personagens referida a factores deterministas de meio, educação e hereditariedade, à maneira de Zola - e com evidente intuito de crítica de costumes e reforma social.

O primeiro destes romances foi acolhido pelos críticos com um silêncio significativo e escandalizado. O segundo provocou o escândalo aberto. A colisão polémica entre os inimigos dos processos realistas de efabulação e os sequazes da nova tendência alcançou a sua maior virulência em 1880-81. Naquela data novamente Pinheiro Chagas arremete, num jornal brasileiro, contra Eça, tachando-o de antipatriota, pelo modo como apresenta a sociedade portuguesa.

Camilo Castelo Branco, o mestre do romance romântico, então no cume da fama, que em 1879 dera a lume o Eusébio Macário, paródia da técnica narrativa dos realistas, publicava em 1880 A Corja, onde o intuito caricatura era ainda mais evidente. O resultado foi uma violenta polémica, esmaltada de injúrias, na qual tomaram parte apaixonadas penas dum e doutro bando. Curiosamente, Camilo, «realista inconsciente», acabou por aceitar, e empregar de boa fé, muitos dos processos do realismo.

O atrevimento de certos passos dos romances de Eça, principalmente d'O Primo Basílio, escandalizava as pessoas de moral timorata, e chegaram a aparecer folhetos acusando os realistas de contribuírem para a «desmoralização das famílias».

Na década decorrida desde as Conferências Democráticas do Casino, o Realismo lograra um núcleo de adeptos que se empenharam em explicar e defender o seu credo estético, contra a acusação, que os ultra-românticos puseram a circular, de «grosseria» e imoralidade.

Por 1890 o Realismo-Naturalismo tinha perdido a sua vigência. Em 1893, o próprio Eça declara que «o homem experimental, de observação positiva, todo estabelecido sobre documentos, findou (se é que jamais existiu, a não ser em teoria) Positivismo e Idealismo», in Notas Contemporâneas).

Nos outros géneros o Realismo produziu frutos muito desiguais. Não houve uma critica normativa, sistemática. O teatro não foi atingido pelas novas ideias. Não houve drama que possa ser chamado realista; o palco ficou apegado anacronicamente ao gosto romântico. A poesia foi multiforme e teve correntes que se entrecruzaram muito complexamente. Actuaram, com efeito, no período realista tendências assaz divergentes, sujeitas a influências muito diversas. Aliás, a própria natureza do género, de carácter subjectivo, íntimo e pessoal, conspirava contra o predomínio duma determinada doutrina.

A par do revolucionarismo e do angustiado misticismo metafísico de Antero de Quental, encontramos a enfática poesia da Humanidade de Teófilo Braga, o prosaísmo satírico de João Penha, o lirismo social e democrático de Guilherme de Azevedo e de Gomes Leal, o «quotidianismo» citadino e burguês de Cesário Verde, o parnasianismo preciosista de Gonçalves Crespo e o verbo satânico, caudaloso e tonitruante de Guerra Junqueiro, intentando casar Ciência e Poesia.

Resumindo, poderia dizer-se que não foi o Realismo português, visto no seu conjunto, tanto uma escola literária bem definida como um sentimento novo, uma nova atitude espiritual em que couberam direcções e dimensões muito divergentes, que se alçou contra um «idealismo» sem ideais. A sua consequência mais vital e duradoura foi romper a incuriosidade do patriotismo provinciano dos ultra-românticos, abrindo as comportas do espírito nacional a todas as influências de fora, alargando a escolha de motivos literários e renovando as letras duma maneira ampla.

Adaptado do artigo «Realismo» in Jacinto do Prado COELHO. Dicionário de Literatura. Porto: Figueirinhas, 1978


a) NA EUROPA
Assim como o Romantismo se radicou no Idealismo filosófico, assim também agora o Realismo tem suas raízes filosóficas no positivismo de Stuart Mill e de Augusto Comte e no experimentalismo de Claude Bernard. A literatura, assim como toda a arte, bebeu desta filosofia o gosto do real e da percepção sensorial rigorosa, que viria a eliminar ou pelo menos a reduzir a influência subjectiva do escritor (observador). O primeiro escritor a ser apelidado de realista foi Flaubert, o qual, em obras como Madame Bovary e Education Sentimentale, criticou a educação romântica, apontando os defeitos da sociedade num tom de im­parcialidade e impassibilidade. Apareceram as descrições minuciosas das paisagens e dos ambientes sociais, numa linguagem correcta e equilibrada, de imagens expressivas e ao mesmo tempo nítidas.

Émile Zola, o maior representante da escola naturalista, em atitude científica própria da época, procura explicar à luz do determinismo do meio e da hereditariedade o comportamento das personagens dos seus romances.

O Naturalismo rígido, que defendia que os romances deviam ser a imagem da realidade nua e crua, usando processos verdadeiramente científicos, depressa daria lugar a um Realismo impressionista, que, embora partindo da vida real, daria também lugar à imaginação e ao devaneio, enfim, uma espécie de segundo Romantismo. Esta evolução teve origem no psicologismo de Tolstoi e Dostoievski e foi ter às correntes anti-racionalistas estetizantes dos simbolistas e dos decadentistas (Oscar Wilde, Mallarmé, Rimbaud, Verlaine, etc,).

Gustave Courbet, L'Enterrement à Ornans (1849-1850)










b) EM PORTUGAL
O caminho de ferro que em meados do séc. XIX já ligava Paris a Coimbra e esta a Lisboa e ao Porto, foi veículo das novas ideias e da nova literatura, cujo centro de irradiação era a capital da França. Michelet, Proudon (socialismo utópico), Vitor Hugo, Musset, o positivismo de Comte e o evolucionismo de Darwin é que orientavam os novos homens, a maior parte deles formados em Coimbra: Antero de Quental, Eça de Quelrós, Teófilo de Braga, Oliveira Martins, Batalha Reis, etc.

Há três realidades que é preciso considerar para se compreender a transformação ideológica e literária operada nesta segunda metade do séc. XIX em Portugal: a Geração de 70, a Questão Coimbrã e as Conferências do Casino.

A GERAÇÃO DE 70
Deu-se este nome a um conjunto de intelectuais, escritores, que se afirmaram entre 1861 e 1871, impondo em Portugal um novo caudal de ideias e novos modelos literários vindo da Europa, que revestiram então em Portugal aspectos de uma verdadeira revolução artlstica e cultural.

Da Geração de 70 fazem parte Antero de Quental, Eça de Queirós, Oliveira Martins, Teófilo Braga, Ramalho Ortigão, Batalha Reis, etc. Foram alguns destes homens que tomaram parte na Questão Coimbrã e organizaram as Conferências do Casino.

A QUESTÃO COIMBRÃ
Dá-se este nome a uma verdadeira guerrilha que surgiu quando Pinheiro Chagas, poeta romântico, publicou Poemas da Mocidade, dedicado a Castilho e que este elogiou de tal forma que propunha o seu autor para professor de literatura no Curso de Letras da universidade, ao mesmo tempo que fazia insinuações contra Antero de Quental. Este respondeu violenta e grosseiramente com o folheto Bom Senso e Bom Gosto, onde, entre outras expressões descorteses contra o velho e respeitável mestre Feliciano de Castilho, se destaca esta: "V. Excia. precisa menos cinquenta anos de idade, ou então mais cinquenta de reflexão".

Os escritores dividiram-se em dois grupos, uns apoiando o velho Feli­ciano de Castilho, outros, o jovem poeta Antero de Quental. Pinheiro Chagas e Camilo escreveram a favor de Castilho; Teófilo Braga, Eça de Queir6s e outros apoiaram Antero. A Questão Coimbrã terminou com um duelo entre Antero e Ramalho Ortigão, o qual, embora concordasse com as ideias de Antero, o atacou por ter sido descortês para com o velho Castilho.

A Questão Coimbrã não teria grande importância se ela não simbolizasse a luta entre dois grupos de escritores: os românticos e os realistas.

AS CONFERÊNCIAS DO CASINO
Foram organizadas por Antero, Eça, Teófilo de Braga e outros. Antero fez a apresentação das conferências, indicando o vasto campo que elas focariam: Filosofia, arte, literatura, política, religião, etc., isto é, tudo o que pudesse interessar ao homem português de então.

A primeira conferência, sob o título Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos últimos três Séculos, foi pronunciada por Antero, o qual, em atitude demolidora, atribui a alegada decadência ao colonialismo, à acção da Igreja Católica saída do Concílio de Trento e ao abso­lutismo régio. Mais conferências se realizaram e Eça de Queirós, numa delas, focou o tema O Realismo Como Nova Expressão de Arte, onde traça as normas do romance realista. "O Realismo é a negação da arte pela arte; é a proscrição do convencional, do enfático, e do piegas. É a abolição da retórica considerada como arte de promover a comoção usando da inchação do período, da epilepsia da palavra, da congestão dos tropos. É a análise com o fito na verdade absoluta. Por outro lado, o Realismo é uma reacção contra o Romantismo: o Romantismo era a apoteose do sentimento; o Realismo é a anatomia do carácter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos para condenar o que houver de mau na nossa sociedade".

Como se vê, o Realismo foi uma reacção clara contra o Romantismo.


in BORREGANA, António Afonso - Perspectivas de Leitura. SETÚBAL: Ed. do Autor, 1986

Queirós, (José Maria) Eça de (1845 - 1900)

Na obra deste vulto máximo da literatura portuguesa, criador do romance moderno, distinguem-se usualmente três fases estéticas. A primeira, de influência romântica, englobaria as experiências jornalísticas do autor, no âmbito das quais iniciou a observação crítica da sociedade portuguesa, bem como os textos posteriormente incluídos nas Prosas Bárbaras e iria até à publicação de Mistério da Estrada de Sintra, escrito com Ramalho Ortigão. A segunda, de afirmação do Realismo-Naturalismo, iniciar-se-ia com a participação do autor nas Conferências do Casino Lisbonense, teorizando "O Realismo como nova expressão da Arte", e manifestar-se­ia plenamente nos romances O Primo Basílio e O Crime do Padre Amaro. A terceira, de questionamento e de superação do Realismo-Naturalismo, espelhar-se-ia nos romances A Relíquia e Os Maias e nos semi-póstumos A Ilustre Casa de Ramires e A Cidade e as Serras, nos quais os pressupostos científicos ou deterministas soçobram ante "o manto diáfano da fantasia", a imaginação, o fantástico.


Filho natural de um magistrado, também ele escritor, e depois de uma infância passada fora do lar paterno, Eça vai cursar Leis para Coimbra, em 1861, onde convive com muitos dos futuros representantes da Geração de 70, já então aglutinados em torno da figura carismática de Antero de Quental, e onde acede às recentes ou redescobertas correntes ideológicas e literárias europeias (o Positivismo, o Socialismo utópico, o Realismo-Naturalismo), sem, contudo, participar activamente na que seria a primeira polémica dessa geração, a Questão Coimbrã.


Terminado o curso, Eça inicia a sua experiência jornalística como redactor do jornal O Distrito de Évora e colaborador na Gazeta de Portugal, onde publica muitos dos textos postumamente coligidos no volume das Prosas Bárbaras. No final de 1867, forma-se na casa de Jaime Batalha Reis, em Lisboa, o grupo que ficaria conhecido como o Cenáculo, de que farão parte, nesta primeira fase, além de Eça e de Batalha Reis, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins e Salomão Saragga, entre outros.


Após uma viagem pelo Oriente, para assistir à inauguração do canal do Suez, na qualidade de correspondente do Diário Nacional, Eça regressa a Lisboa, onde participa, com Antero de Quental e Jaime Batalha Reis, na criação do poeta satânico Carlos Fradique Mendes e escreve, de parceria com Ramalho Ortigão, o Mistério da Estrada de Sintra.

Em 1871, profere a conferência "O Realismo como nova expressão da Arte", integrada nas Conferências do Casino Lisbonense e produto da evolução estética que o encaminha no sentido do Realismo-Naturalismo de Flaubert e Zola, com influência das doutrinas de Proudhon e Taine. No mesmo ano, inicia, novamente com Ramalho, a publicação de As Farpas, uma série de crónicas satíricas que, servidas por uma ironia e um humor corrosivos, movem um rigoroso inquérito à sociedade portuguesa do período da Regeneração.

Em 1872, Eça inicia também a sua carreira diplomática, no decurso da qual ocupará o cargo de cônsul sucessivamente em Havana (1872), Newcastle (1874), Bristol (1878) e Paris (1888). É, pois, com o distanciamento crítico que a experiência de vida no estrangeiro lhe permite que concebe a maior parte da sua obra romanesca, consagrada ao exame e à crítica da vida social portuguesa, de onde se destacam O Primo Basílio, O Crime do Padre Amaro, A Relíquia e Os Maias, este último considerado a sua obra-prima. Durante esses anos, colabora com crónicas e contos em vários jornais portugueses, como A Actualidade, a Gazeta de Notícias, a Revista Moderna, o Diário de Portugal e a Revista de Portugal, que funda, em 1889.

Morre aos cinquenta e cinco anos, em Paris, deixando um vasto espólio literário que seria publicado nos anos seguintes à sua morte, com "revisões" e correcções apócrifas de amigos e familiares do escritor, revelando um conjunto de textos reconhecidamente distintos da que seria a vontade final do seu autor.

Podem fazer um pequeno exercício sobre os actos ilocutórios através desta ligação. Mas atenção: têm apenas 10 minutos para o resolver. Será que o tempo é suficiente? Vamos lá testar e ver quantas perguntas acertam.


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A matriz do próximo teste de Fevereiro, dedicado sobretudo à obra Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, pode ser obtida através desta ligação.