quinta-feira, 9 de outubro de 2008
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luze
são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade
1 Comment:
Subscribe to:
Enviar feedback (Atom)
Mas que tal colocarem aqui textos escritos por vocês: poemas, crónicas, histórias, pensamentos, ou então fotografias criativas que tenham tirado, ilustrações que tenham feito, mesmo no computador, vídeos...?
Enfim, há que partilhar.